<font color=0093dd><i>O vagabundo na esplanada</font color></i>
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O Comité Central do Partido Comunista Português, reunido a 16 de Outubro de 2011, analisou a situação decorrente dos primeiros meses de aplicação, pelo Governo PSD/CDS, do pacto de agressão. Colocou a sua rejeição e a luta por uma política patriótica e de esquerda como imperativos nacionais. Saudou, valorizou e apelou ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores e do povo português e apontou as tarefas imediatas para as organizações e militantes do Partido.
O salão do CT Vitória encheu, quinta-feira, para comemorar o centenário do nascimento de Manuel da Fonseca, militante comunista, intelectual insubmisso, amigo verdadeiro e leal, cujo exemplo e Obra «integrarão para sempre a nossa história colectiva».
Raras vezes deixo escapar a oportunidade de dizer aos mais jovens – educado a ouvir conscienciosamente a opinião dos mais velhos, com que fui, pensando com a própria cabeça, formando a minha, juntando ideias próprias e experiências pessoais e alheias para conseguir abrir caminho no porvir que já foi – raras vezes, dizia, deixo escapar a oportunidade para alertar: «Não queiram conhecer escritores. Prefiram-lhes a obra. E, se os conhecerem, convém estar de pé atrás.» Escrevendo hoje sobre Manuel da Fonseca, a cem anos do seu nascimento, que sentido faz este alerta?
«Rumorosa, às sacudidelas bruscas, a ventania corre livremente. Em tropel desabalado arremete contra a empena, trespassa a telha-vã. Gemendo, arrasta-se pelo interior escuro do casebre. E demora, insiste, num ganido assobiado.
Seca e breve, como uma chicotada, a praga rompe dos lábios azedos da velha: - Raios partam este vento».